FRACASSO ESCOLAR
Para autores que
tratam da educação, o fracasso escolar é um dos maiores problemas da escola de
1º grau e esse fracasso é representado
pela reprovação e pela evasão escolar. Mas de acordo com dados divulgados pelo
PNAD-IBGE, conluiu-se que o maior problema é a repetência.
Evasão Escolar
Alguns
professores sentem-se aliviados com a evasão escolar, pelo fato de que para ele
um aluno, que já reprovou várias vezes, desistir dos estudos significa que o
índice de aprovação deste professor se elevará.Com isso, Arroyo (1986) alerta
que quando um aluno se evade, o
professor não tem relação com essa situação e a responsabilidade é do aluno que
se evadiu.Alguns fatores levam alunos a se evadirem, como exemplos:
o
Falta de pré-requisito;o
“rótulo” que já “receberam” em anos anteriores; a distãncia entre o que
enfrentam na sociedade e o que a escola propõe; e os problemas sociais.
Alunos se evadem
porque não conseguem acompanhar a turma de sala de aula, pois apesar de
tentarem, as suas notas refletem que não serão aprovados ao fim do ano letivo.
Daí, repetem essa situação em anos posteriores levando-os a desistirem dos
estudos, pois durante as tentativas passam a serem tratados com indiferença por
não conseguirem a se integrar com o grupo.A Partir da indiferença vivida, estes
alunos são levados a optarem por dois caminhos: se tornam rebeldes usando do
espaço físico para pensarem em questões não relacionadas com a aprendizagem ou
deixarem a escola.
Outros fatores
que devem ser levados em consideração são os sociais, os quais existem em
grande números, mais entre os mais comuns temos: a necessidade de trabalhar,
mudança constante da família levando o aluno a mudar de escola, dificuldade de
transporte público, etc. Tais questões, geram no discente a necessidade de um
atendimento priozado o qual muitas vezes não recebem e com isso sua adaptação
no ambiente escolar se torna difícil, dispertando a escola a renpensar sobre
como eliminar tais causas, para que os índices de evasão e repetência
minimizem.
Reprovação escolar
Os professores e
a escola até a década de 60 nunca foram questionados quanto o índice de
reprovação de seus alunos. Mas anos depois, fatores externos e individuais foram
considerados: o desempenho do professor reflete na aprendizagem ou não do
aluno; o nível sócio econômico das familias e o próprio perfil da escola. Para
Holt, a atuação do professor é a principal responsável para o sucesso do aluno,
pois ele é manipulado a responder da forma que o professor deseja.Os jovens não
são levados a criarem suas próprias concepções, além disso os professores,
os pais e a própria sociedade criam
expectativas culpando- os pelo seu fracasso.Essa falha do processo escolar gera
com isso a baixa auto-estima e a falta de confiança.
É necessário que
haja interação entre professor-aluno, mas para isso o professor tem que ser o
responsável pela intenção de fazer acontecer, criando espaços de interação. Não
podemos culpar os alunos pelo seu insucesso escolar, precisa-se disponibilizar
oprtunidades para que esses jovens busquem o conhecimento e o desenvolvimento
das habilidades e atitudes desejadas.
Um novo enfoque frente ao problema
Nos últimos
anos, pesquisadores passaram a investigar o que estava sendo feito para
produzir o sucesso e segundo Mello(1994) as pesquisas partiu de questões sobre
“ a escola faz diferença” e “que escola está fazendo a diferença, ou que escola
está consenguindo ensinar os seus alunos de nível sócio-econômico
desfavorecido”. A partir de 1980 resultados apareceram e em relação a primeir
questão os dados confiram que a culpa sempre é do aluno e em relação a segunda
questão foi possível identificar as características ou fatores que estão
contribuindo para um melhor resultado na aprendizagem. Para Purkey e Smith
(apud Mello, 1994) as características das escolas eficazes são:
o
Presença de
liderança: Há
a necessidade de que o professor seja um líder em sala de aula, não para ser
autoritário ou dominador, mas com carisma procurar conseguir obter êxito nos
objetivos que propõe.
o
Expectativas
positivas em relação ao rendimento do aluno: A expectativa criada pelo
professor em relação ao aluno reflete na aprendizagem e o professor se torna
subjetivo a medida que não acredita na capacidade desse aluno.
o
Tipo d
organização, clima da escola: Fatores importantes para a motivação do
aluno, uma vez que preencham as necessidades do aluno levando-os a
conseguiremos objetivos e metas propostas pela instituição.
o
Existência ou
natureza dos objetivos da aprendizagem:
É necessário que tenhamos um
objetivo claro e bem definido, para que os alunos tenham clareza sobre o que é
proposto para eles, tanto de forma ampla quanto evidenciando cada função.
o
Distribuição do
tempo:
Planejar a distribuição do
tempo é um item importante para o alcance eficaz das metas, considerando também
a capacidade de concentração e a variação das atividades em diferentes faixas
etárias.
o
Estratégias de
capacitação de professores:
È importante que o educador
se aperfeiçoe e atualize, pois as constantes mudanças sociais e o
desenvolvimento tecnológico são cada vez maiores e só fazendo assim é que o
educador poderá acompanhar, e como foco principal ele também poderá atender as
necessidades de cada aluno.
o
Relacionamento e
suporte técnico de instâncias da administração
do ensino:
Segundo
o texto a solução de um grande número de problemas depende, em grande parte de
uma vontade política. Se um grupo comprometido com o desenvolvimento
educacional realizar todas as funções adequando às necessidades, não irá
adiantar muito, se houver problemas que não estão ao alcance de suas
possibilidades.
o
Apoio e
participação dos pais:
Sabendo que existem problemas
sociais cada vez mais diversificados e maiores, e estes são trazidos pelos
alunos para a escola, os educadores se sentem na maioria das vezes impotentes
no que se refere as soluções de problemas educacionais, e para que isso aconteça
a solução de problemas educacionais. E para que aconteça a solução desses
problemas que estão dificultando a aprendizagem e necessário que se unam
governo, família e escola.
o
Tipo de
acompanhamento e avaliação do aluno:
Como na maioria das
vezes a avaliação é usada como “arma” contra o aluno, isso acarreta um medo de
fazer perguntas e mostrar que ele não entendeu ou não sabe, causando uma
distância cada vez maior entre professor e aluno. Mas quando professor e aluno
sabem que podem errar e que a partir do erro é que se constrói o sucesso, isso
irá auxiliar ao aprendiz.
o
O papel do
profissional da educação
Nota-se que no papel do
educador tem que haver uma nova postura no que diz respeito a atualização dos
conhecimentos sobre os conteúdos, e no aperfeiçoamento de metodologias
avaliativas como função de melhorar o processo de ensino e aprendizagem, bem
como do conhecimento, com maior profundidade e objetividade dos avanços e
deficiências e limitações enfrentadas pelos educadores na sua prática
pedagógica. Vai depender de cada professor se os esforços ainda que sem a
dimensão política e social desejada, venha diminuir os índices de reprovação e
evasão escolar. O professor não pode se preocupar somente em ensinar a todos da
mesma forma tendo a ilusão que todos irão entender, é esperado que cada
professor esteja bem consciente da importância que lhes é atribuída no momento
em que grandes mudanças devem acontecer.
o
A solução
globalizada
A educação passou a ser
discutida, com prioridade e valorizada, no mundo inteiro como fator de
desenvolvimento social e econômico do país, o mais importante compromisso
assumido por todos os países que se fizeram presentes foi o de promover
educação básica para todos e garantir o ensino fundamental para as suas
crianças. Então em Julho de 1990, foi promulgada a Lei 8069, ou o Estatuto da
Criança e do Adolescente, outro projeto que vem sendo desenvolvido desde 1990,
é o Sistema Nacional de Avaliação Básica- SAEB, que surgiu como um projeto
integrador e cooperativo entre a União e as Unidades da Federação. E outra ação
tomada foi a tão esperada, aprovação Lei Diretrizes e Bases (Lei n°9394/96),
que prevê mudanças radicais em todos os sistemas de ensino.
REFERÊNCIA
MELCHIOR, Maria Celina.
Fracasso Escolar. In: MELCHIOR, Maria Celina. O Sucesso escolar através da avaliação e da recuperação. 2. Ed.
Porto Alegre: Premier, 2004, p. 67-92.
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