DÉCALOGO
REFERENTE AO TEXTO: De examinar para avaliar, um trânsito
difícil, mas necessário.
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No que se refere à avaliação da
aprendizagem, nós educadores temos estado aprisionados a padrões de compreensão
e de conduta que vem de séculos passados; (pag. 68).
A maioria dos educadores se vê num “beco
sem saída”, como mudar padrões que vem de muitos anos? Eis aí um desafio que
muitos desistem, já no começo.
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Os exames escolares, da forma como
existem hoje, desde que foram sistematizados no século XVI, carregam uma carga
de ameaça e castigo, sobre os educandos cujo objetivo e pressioná-los, para que
disciplinamente, estudem, aprendam e assumam condutas, muitas vezes, além de
externas a eles mesmos, também aversivos. (pag.68).
Como os exames estão numa posição
contrária a forma correta de avaliar, trazem para os alunos desmotivação
fazendo com que eles desprezem os estudos ao invés de dar atenção necessária,
se tornando algo monótono.
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Cinco séculos constituem um período de
tempo bastante longo para que desejemos mudá-lo rapidamente, como em um passe
de mágica. (pag.68).
Como essa forma de agir, está alicerçada
em cinco séculos, não será de fácil mudança, pois querendo ou não, muitos ainda
acham que essa forma de agir é mais correta.
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Assim sendo, não faz muito sentido
condenar educadores que hoje ainda não conseguem transitar do ato de examinar
para o ato de avaliar na escolar. (pag. 69).
Muitos querem mudar essa situação, mas
quando chegam à sala de aula, veem que já está em costume e ficam numa
indecisão se enfrentam em busca da mudança ou se continuam a situação como
está.
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A configuração histórica do modo de agir
com os exames tornou-se resistente a mudanças, pois que ela oferece um modo
confortável de ser garantido ao educador poder de controle sobre os educandos.
Por mais que os alunos dependam do
professor esse modo de agir garantindo poder de controle ao educador, trará aos
alunos insatisfação de estar naquele ambiente.
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Os exames são excludentes e, por isso,
compatíveis com o modelo de sociedade dentro do qual existe e se realiza.
(pag.70).
A sociedade exclui as pessoas por puro
preconceito, achando que eles não têm capacidade de fazer determinadas
oportunidades, é o que acontece nas salas de aula os educadores agindo dessa
forma também exclui os alunos, não dando oportunidade de mudança.
·
Da forma como fomos examinados,
examinamos. (pag. 70).
Hoje somos resultado do que aconteceu em
nosso passado, temos então que fazer a diferença para que nossos alunos sejam
resultados do que fizemos agora.
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Para transitar do ato de examinar para o
ato de avaliar na escola, necessitamos de proceder a uma metanoia, termo grego
que significa conversão. (pag.71).
Precisamos converter o exame em exame em
avaliação começando a mudar primeiro a nossa mentalidade, depois nossa forma de
agir e assim por diante.
·
Ela oferece os recursos para
diagnosticar (investigar) uma ação qualquer, e a partir do conhecimento que
obtém sobre a qualidade dos resultados dessa ação, intervir nela para que
encaminhe na direção dos resultados desejados. (pag. 72).
A ideia de avaliar significa investigar
os conhecimentos obtidos, para que os resultados sejam os mais satisfatórios.
·
O sucesso em que área de atuação for
exige investimento; e o ato de avaliar dá suporte e sustentação para a busca
desse sucesso. (pag. 72).
Tudo em nossa vida exige sacrifícios, e
os exames não devem ser impedimentos, mas um auxílio para a construção do
alicerce da vida.
REFERÊNCIAS:
LUCKESI, Cipriano Carlos. De examinar
para avaliar, um trânsito difícil, mas necessário. In: LUCKESI, Cipriano
Carlos. Avaliação da aprendizagem
escolar: estudos e proposições. 22. Ed. São Paulo: Cortez, 2011, p.
67-72.
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