sábado, 5 de dezembro de 2015

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Avaliação escolar e democratização: o direito de errar


Situando o Portfólio




Situando o Portfólio
·         O que é portfólio?
É uma pasta grande e fina em que os artistas e os fotógrafos iniciantes colocam amostras de suas produções, as quais apresentam a qualidade e a abrangência do seu trabalho, de modo a ser apreciado por especialistas e professores.

·         Outras formas de denominar o portfólio?
Porta-fólio e portfolio.

·         De onde se originou o uso do portfólio em educação?
Em educação, o portfólio apresenta várias possibilidades: uma delas é a sua construção pelo aluno. Nesse caso, o portfólio é uma coleção de suas produções, as quais apresentam as evidências de sua aprendizagem.

·         Diferença entre portfólio de arquivo de trabalho?
De acordo com Easley e Mitchell. Um arquivo é simplesmente uma coleção de trabalhos dos alunos. Em contraste, o portfólio é uma seleção de trabalhos do aluno. Um portfólio não é apenas um arquivo, mas é parte de um processo de avaliação que ensina os alunos a avaliar e apresentar seus próprios trabalhos.

·         Alguns objetivos comuns quanto ao uso do portfólio?
Procura motivar os alunos menos capazes ao fornecer-lhes “algo para mostrar por esforços”, além do que poderia, de outra forma, ser uma série decepcionante de notas e níveis;
Fornecem aos alunos oportunidades de declarar sua identidade, documentar e mostrar coisas que são importantes para eles;
Oferecem aos alunos oportunidade de refletir sobre suas experiências e seus extintos dentro e fora da escola e, assim assumir maior responsabilidade por aquelas experiências e por aqueles êxitos;
Estimulam e apresentam alguma forma de reconhecimento dos resultados e êxitos além do domínio acadêmico;
Fornecem evidências mais diversificadas da competência do aluno e do sucesso ao público externo, como pais e empregadores.

·         Cite os cincos elementos que o trabalho como portfólio oferece.
Primeiro: o uso do portfólio beneficia qualquer tipo de aluno. O desinibido, o tímido, o mais e o menos esforçado, o que gosta de trabalhar em grupo e o que não gosta, o mais e o menos motivado ou interessado pelo trabalho escolar, o que gosta de escrever e até o que não gosta – porque ele pode passar a gostar assim como pode apresentar suas produções usando outras linguagens.
Segundo:  Os alunos declaram sua identidade, isto é, mostram-se não apenas como alunos, mas como sujeitos dispostos a aprender. Sua história de vida e suas experiências são conhecidas e valorizadas.
Terceiro:  As atividades escolares levam em cotas as experiências vividas pelo aluno fora da escola, dando sentido à sua aprendizagem.
Quarto: O aluno percebe que o trabalho escolar lhe pertence; portanto, cabe-lhe assumir responsabilidade por sua execução.
Quinto: Como o portfólio motiva o aluno a buscar formas diferentes de aprender, suas produções revelam suas capacidades e potencialidades, as quais poderão ser apreciadas por várias pessoas.

·         Quais os princípios norteadores para o trabalho com o portfólio? Explique cada um deles .
O primeiro deles é a construção. Essa construção se assume de diferentes formas, dependendo da idade dos alunos, do curso, da atividade a ser desenvolvida e o tempo disponível. A orientação que o professor dará ao processo de construção também é viável.

Outro principio, reflexão, o aluno decide oque incluir e, ao mesmo tempo analisa suas produções, tendo a chance de refazê-las sempre que quiser e for necessário.

Criatividade, princípio que se acrescenta. O aluno escolhe a maneira de organizar o portfólio e busca formas diferentes de aprender. Ele é estimulado a estar sempre trabalhando e tomando decisões. É importante que se valorizem as iniciativas dos alunos para que eles busquem novas ideias e não a repetição e a reprodução, tão comuns nas escolas.

Outro componente importante é a auto-avaliação. A construção, a reflexão e a criatividade conduzem-no a desenvolver a capacidade de avaliar seu desempenho com objetivo de avençar sempre. A avaliação feita pelo professor é importante e, conjugada à do próprio aluno, faz com que se amplie a análise das suas possibilidades.

Por fim, a autonomia, outro princípio norteador do uso do portfólio. A criança percebe que pode trabalhar de forma independente e que não pricisa ficar sempre aguardado orientação do professor.

·         Segundo a autora Klenowski, o trabalho com o portfólio se baseia em seis princípios. Quais são?
Construção, reflexão, criatividade, auto-avaliação eauto-avaliação.

·         O trabalho com o portfólio pode ser feito por um professor ou somente por vários?
Não é necessário que todos os professores de uma mesma escola iniciem o trabalho ao mesmo tempo. Talvez nem seja possível. O necessário é que toda a equipe compartilhe a mesma fundamentação teórica sobre aprendizagem e avaliação, apoiada em pesquisas atualizadas.

·         Como ajudar os alunos avaliar o seu próprio trabalho com o portfólio?
O professor auxiliando os alunos a identificar e registrar os critérios de avaliação. Cabe ao professor orientá-los nas descobertas dos requisitos necessários à produção de um trabalho considerado adequado. O processo pode ter inicio com os alunos analisando as características de uma produção considerada adequada.

·         Quais os componentes de um portfólio?
Os componentes são as melhores produções do aluno, por ele próprio selecionadas, com base nos objetivos de aprendizagem e nos critérios de avaliação formados com sua participação.

·         O professor deve inserir itens no portfólio do aluno?
Essa inserção é questionável. Ela poderia fazer com que o aluno sentisse que aquele trabalho não lhe pertence inteiramente. Incluir trabalhos escolhidos pelo professor é uma decisão sua. Alguns professores poderão argumentar fortemente que nem sempre as escolhas dos alunos refletem suas capacidades.

·         Quais alguns descritores de avaliação do portfólio em cursos superiores?
Cumprir os propósitos gerais, , cumprir o propósito específicos, apresenta análise do material incluído, Contém propostas/formulações/recomendações para enfrentamento das dificuldades relacionadas ao desenvolvimento da avaliação,  apresentar textos descritos com correção, incluir reflexões sobre o processo de aprendizagem e de avaliação, apresentar organização que facilita a sua compreensão, apresentar síntese conclusiva e apresentar avaliação final do trabalho.

·         Quais algumas dificuldades citadas pela autora na construção de portfólios nos cursos superiores?
Dificuldades percebidas a cada semestre é a formulação inicial de descritores de avaliação vagos. Outra dificuldade é a sobrecarga de trabalho eo engajamento dos alunos em um processo de trabalho bem diferente daquele ao qual têm sido submetidos.  A falta de hábito dos alunos de escrever, de analisar o que produzem e de escolher suas melhores produções; não-utilização de procedimento semelhante por outros professores do curso; não desenvolvimento do portfólio ao longo do semestre por parte de alguns alunos, ser encaixam com algumas dificuldades.

·         Trabalhar com o portfólio significa assumir riscos. Quais riscos a autora menciona no texto estudado?
O primeiro deles é o portfólio reduzir-se a uma pasta em que se arquivam textos e se fazem registros das aulas. O portfólio pode ser considerado mais um dos modismos em educação. Ele pode ser entendido como um simples “instrumento” e não como um “procedimento” de avaliação. O professores e o alunos oferecem resistência inicial pro entenderem que terão muito mais trabalho do que antes.
Referências:
VILLAS Boas, Benigna Maria de Freitas. Potfólio, avaliação e trabalho pedagógico. Campinas, SP:Papirus, 2004.




A comunicação dos resultados da avaliação escolar.


Situando a Avaliação




Situando a Avaliação
·         Relacione a avaliação e o nosso cotidiano.
Estamos sempre fazendo apreciações sobre oque vemos, o que fazemos, o que ouvimos, o que nos interessa e o que nos desagrada. Estamos sempre julgando. E como gostamos de usar adjetivos! Praticamos avaliação quando estamos em uma fila de banco ou de supermercado: para alguns o atendimento é rápido; para outros, pode ser percebido como lento.

·         Relaciona a avaliação na escola.
A avaliação é intencional e sistemática e os julgamentos que ali são feitos têm muitas consequências, alguma positivas, outras negativas. Mesmo antes de a criança chegar à escola, no momento de sua matrícula, a avaliação pode começar.  Ainda não é a avaliação por meio de provas e exercícios, mas por meio das informações que mostram quem é a criança: onde mora, com quem mora, o que sua família faz etc.

·         O que é avaliação formal? Cite exemplos.
É a avaliação feita por meio de provas, exercícios e atividades quase sempre escritas como produção de textos, relatórios, pesquisas, resolução de questões matemáticas, questionários etc.

·         O que é avaliação informal? Cite exemplos.
É aquela que se dá pela intenção de alunos com o professores, com os demais profissionais que atuam na escola e até mesmo com os próprios aluno, em todos os momentos e espaços do trabalho escolar.

·         Benefícios da avaliação informal.
Dá aos alunos a orientação de que ele necessita, no exato momento dessa necessidade;
Manifesta paciência, respeito e carinho ao atender a suas dúvidas;
Providencia os materiais necessários à aprendizagem;
Demostra interesse pela  aprendizagem de cada um;
Atende a todos com a mesma cortesia e o mesmo interesse, sem demonstrar preferência;
Elogia o alcance dos objetivos da aprendizagem;
Não penaliza o aluno pelas aprendizagens ainda não adquiridas;
Não usa rótulos nem apelidos que humilhem ou desprezem os alunos;
Não comente em voz alta suas dificuldades ou fraquezas;
Não faz comparações;
Não usa gestos nem olhares de desagrado em relação à aprendizagem.

·         Prejuízos que a avaliação informal pode causar.
A avaliação não pode expor a criança a situações constrangedoras;
A avaliação tem de ser feita com ética: não se podem usar suas informações para outro objetivo que não seja o de contribuir para a aprendizagem do aluno;
As fragilidades do aluno não devem ser relatadas publicamente;
O que está sendo avaliado é a aprendizagem do aluno e não de suas características pessoais.

·         Para que serve à avaliação?
Para que se conheça o que o aluno já aprendeu e o que ele ainda não aprendeu, para que se providenciem os meios para que ele aprenda o necessário para a continuidade dos estudos.

·         Avalia-se o que?
Avalia-se para promover a aprendizagem do aluno.

·         Características da avaliação formativa.
É conduzida pelo professor;
Destina-se a promover a aprendizagem;
Leva em conta o progresso individual, o esforço nele colocado e outros aspectos não especificados no currículo.
Na avaliação formativa, capacidades e ideias que, na avaliação somativa, poderiam ser classificadas como “erros” fornecem informações diagnósticas;
Os alunos exercem papel central, devendo atuar efetivamente em sua própria aprendizagem.
·         Quais os dois paradigmas apresentados pela autora no texto sobra a avaliação?
Discute as diferença entre a avaliação informal e a formal, mostrando que a informal, nem sempre é prevista e, consequentemente, os avaliados, no caso os alunos, não sabem que estão sendo avaliados. Por isso deve ser conduzida com ética.

·         O que a autora menciona sobra a prova?
“A avaliação formativa preocupa-se com a maneira pela qual os julgamentos da qualidade das respostas dos alunos podem ser usados para desenvolver a sua competência de forma a reduzir a ocorrência da aprendizagem por ensaio e erro”.

·         O que é necessário para que os professores modifiquem suas práticas?
Construir o entendimento de avaliação formativa como a que promove o desenvolvimento não só do aluno, mas também do professor e da escola. Para que isso aconteça, é necessário que todos os profissionais da educação que atuam na escola também tenham oportunidade de se desenvolverem e se atualizarem. O sucesso do seu trabalho conduz ao sucesso do aluno. Toda a escola participa desse ambiente de aprendizagem e desenvolvimento.

·         Qual a importância do feedback?
O feedback do professor lhe aponta o que fazer para avançar; notas ou menções não cumprem esse propósito: desviam a atenção da aprendizagem e são contra produtivas para os propósitos formativos.

Referências:
VILLAS Boas, Benigna Maria de Freitas. Potfólio, avaliação e trabalho pedagógico. Campinas, SP:Papirus, 2004.